A RUA DO SEPULCRO AO LEMBRAR A CANÇÃO
JONAS CAEIRO
Não quero tantos esquecidos ares,
Nesta magia em encanto vagaroso,
Na folhagem rasgada em viagem,
Em todas as visões de atritos.
Quando a sombra desta porta escura,
Ilumina em cores pretas e brancas,
Desmaiadas no crescimento de os tiros,
Neste extremo, nesta nebulosa,
Nessa data na luz fluida.
Suas asas mergulhadas,
Na rua do sepulcro ao lembrar a canção,
Levando paz dos céus letíferos,
Cavando tanta agonia no chão.
Tanta petição em mãos escritas,
Deste poema tão dramático e lírico,
Do poeta que sou em critico,
Fantasiando na macha pálida.
Escuta: o sino grita na voz,
De sinos em grilhões,
Na corrida de carrinhos,
No consolo dos sons.
Tanto é o medo do abismo,
Em pavoroso alarme faltante,
Deste tímido, deste surdo fogo,
Em contemplar da lança azul.
Diz o poeta do canto,
O dever do rancor,
Da estrela em pingos,
Nas mãos dos trovadores natos.
Não foi destino, não foi fingido,
Neste dia, calado.
Não levou a esse sepulcro,
No licenciar do odor das rosas.
Teu sepulcro... Tua rua...
Que amarguras aptidão da canção.
Tua pérola... Teu brindar...
Que rasga a luz da noite.
Escrito por: Jonas Caeiro
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