terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A rua do sepulcro ao lembrar a canção

A RUA DO SEPULCRO AO LEMBRAR A CANÇÃO
JONAS CAEIRO



Não quero tantos esquecidos ares,
Nesta magia em encanto vagaroso,
Na folhagem rasgada em viagem,
Em todas as visões de atritos.

Quando a sombra desta porta escura,
Ilumina em cores pretas e brancas,
Desmaiadas no crescimento de os tiros,
Neste extremo, nesta nebulosa,
Nessa data na luz fluida.

Suas asas mergulhadas,
Na rua do sepulcro ao lembrar a canção,
Levando paz dos céus letíferos,
Cavando tanta agonia no chão.

Tanta petição em mãos escritas,
Deste poema tão dramático e lírico,
Do poeta que sou em critico,
Fantasiando na macha pálida.

Escuta: o sino grita na voz,
De sinos em grilhões,
Na corrida de carrinhos,
No consolo dos sons.

Tanto é o medo do abismo,
Em pavoroso alarme faltante,
Deste tímido, deste surdo fogo,
Em contemplar da lança azul.
  
Diz o poeta do canto,
O dever do rancor,
Da estrela em pingos,
Nas mãos dos trovadores natos.

Não foi destino, não foi fingido,
 Neste dia, calado.
Não levou a esse sepulcro,
No licenciar do odor das rosas.

Teu sepulcro... Tua rua...
Que amarguras aptidão da canção.
Tua pérola... Teu brindar...
Que rasga a luz da noite.


Escrito por: Jonas Caeiro